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Hemorroidas na gravidez

Infelizmente muitas vezes deparamo-nos com informações erradas ou mal interpretadas sobre as hemorroidas na gravidez, o que pode levar a preocupações desnecessárias. Neste artigo, desmistificamos 10 mitos comuns relacionados com este tema.

As hemorroidas são uma condição desconfortável e, por vezes, dolorosa que pode afetar as mulheres grávidas. Durante a gestação, o aumento da pressão nas veias do períneo e do reto pode predispor as mulheres a desenvolver esta condição de saúde.

No entanto, muitas informações que circulam sobre este tema são falsas. Neste artigo, esclarecemos 10 mitos sobre as hemorroidas na gravidez.

  1. Hemorroidas não são comuns durante a gravidez. Mito.
    A doença hemorroidária é particularmente comum durante a gravidez, sobretudo no último trimestre e no pós-parto: 30 a 40% das grávidas tem sintomas relacionados com as hemorroidas. Surge na gravidez devido ao aumento de pressão no interior do abdómen, causada pelo bebé, mas também pelo aumento do volume sanguíneo que ocorre durante a gravidez, alterações dos músculos pélvicos e pela prisão de ventre ou obstipação, que é também mais comum durante a gestação.
     
  2. Hemorroidas não podem aparecer depois do parto. Mito.
    A gravidez e a fase do puerpério (3 meses depois do parto) predispõem a mulher a ter hemorróidas sintomáticas. Apesar das mesmas poderem aparecer em qualquer momento da gravidez, são mais comuns no terceiro trimestre devido ao aumento de peso, à pressão do útero na região pélvica, ao aumento do volume sanguíneo e à obstipação recorrente.
     
  3. Hemorroidas não causam edema ou dor. Mito.
    Os sintomas típicos de hemorróidas na gravidez são edema, ardor, comichão e sangramento ao evacuar. O sangue é habitualmente vermelho vivo. Também é relatado pelas pacientes uma sensação de evacuação incompleta. A dor sentida, geralmente não é causada pelas próprias hemorróidas, mas sim por fissuras anais e/ou abcessos.
     
  4. Não é possível prevenir crises hemorroidais. Mito.
    Uma alimentação equilibrada, nomeadamente com a ingestão de fibras e de água, assim como vitaminas A, B, B6 e C contribuem para a prevenção das hemorroidas ou evitam que estas piorem. A atividade física (ex. caminhar e nadar) é igualmente aconselhada na prevenção das hemorroidas, uma vez que previnem a obstipação, melhoram a circulação, evitando a acumulação de sangue venoso nas pernas.
     
  5. Hemorroidas na gravidez são contagiosas. Mito.
    As hemorroidas não são causadas por vírus ou bactérias e, portanto, não são contagiosas. Elas são o resultado do aumento da pressão nas veias pélvicas e do períneo.
     
  6. Não se trata hemorroidas durante a gravidez. Mito.
    O tratamento durante a gravidez é direcionado principalmente para a atenuação dos sintomas e controlo da dor. O tratamento precoce das hemorróidas evita complicações graves como inflamação, trombose e prolapso, para além de diminuir o desconforto e aumentar a taxa de sucesso da terapêutica.
     
  7. O creme retal não é a primeira opção terapêutica num quadro de hemorroidas na gravidez. Mito.
    O creme retal é a primeira forma de tratamento e alívio das dores. A terapêutica passa por aliviar a inflamação e os sintomas através de princípios ativos como tribenosídeo, lidocaína, cloridrato de lidocaína, entre outros.
     
  8. Apenas mulheres mais velhas desenvolvem hemorroidas durante a gravidez. Mito.
    Hemorroidas podem afetar mulheres de todas as idades durante a gravidez, e não apenas as mais velhas. Fatores como genética, historial clínico e estilo de vida também desempenham um papel na sua ocorrência.
     
  9. As hemorroidas na gravidez são tratadas sempre com cirurgia. Mito.
    Os tratamentos cirúrgicos só são considerados quando já foram realizados procedimentos menos evasivos, que não obtiveram resultados positivos. As atuações cirúrgicas só são executadas entre 10-15% dos casos.
     
  10. Não é preciso evitar determinados alimentos para controlar as hemorroidas. Mito.
    Recomenda-se que se evite vários  alimentos se sofrer com crises hemorroidais, como por exemplo os cereais não integrais, mas não só: farinhas, pastéis, cookies, arroz branco, pão branco, carnes, enchidos, queijo e leite, açúcar e produtos que contenham açúcar, comidas picantes e muito condimentadas ou com excesso de sal, azeitonas, sardinhas salgadas, anchovas, café e bebidas alcoólicas.

Em suma, as hemorroidas são uma condição comum durante a gravidez, mas que pode ser evitada através de uma combinação de medidas preventivas, mudanças no estilo de vida e, se necessário, tratamentos médicos. Pomadas com anestésico e ação anti-inflamatória, bem como almofadas específicas são algumas das orientações que podem ajudar quem sofre deste problema. É essencial que as mulheres grávidas conversem com o seu médico, de preferência gastroenterologista, sobre quaisquer preocupações ou sintomas, para receber orientações adequadas e um plano de tratamento individualizado.


PROCTO-GLYVENOL® - Medicamento não sujeito a receita médica, indicado no tratamento de hemorroidas externas e internas. Contraindicado em casos de hipersensibilidade às substâncias ativas ou a qualquer dos excipientes. O Procto-Glyvenol® deve ser utilizado com precaução nos doentes com insuficiência hepática grave. Devido à presença de álcool cetílico, o creme retal Procto-Glyvenol® pode causar reações cutâneas locais (ex. dermatite de contacto). A possibilidade de algumas reações alérgicas retardadas, podem ser devidas à presença de parahidroxibenzoato de metilo e parahidroxibenzoato de propilo. A embalagem de Procto-Glyvenol® creme retal contém látex. Este pode causar reações alérgicas em pessoas sensibilizadas. Não existe experiência clínica referente à aplicação do Procto-Glyvenol® em crianças. Ler cuidadosamente as informações constantes do acondicionamento secundário e do folheto informativo e, em caso de dúvida ou de persistência dos sintomas, consultar o seu médico ou farmacêutico. Informação na gravidez e aleitamento: Não deve utilizar-se o Procto-Glyvenol® durante os primeiros três meses de gravidez. O Procto-Glyvenol® poderá ser utilizado a partir do 4º mês de gravidez e durante a lactação, desde que a dosagem recomendada não seja excedida.
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Fonte: lifestyle.sapo.pt