As muitas e diferentes definições de ejaculação precoce que podem ser encontradas na literatura científica tornam muito difícil fornecer os dados exatos de prevalência deste distúrbio sexual, que tem sido descrito como o mais frequente na população masculina.
No geral, estima-se que a prevalência de ejaculação precoce possa interessar 3-30% da população masculina.(1)
Actualmente, os dados relativos à população mundial baseiam-se num estudo generalizado, especificamente dedicado ao assunto, intitulado PEPA (Prevalência e Atitude da Ejaculação Precoce). O estudo foi realizado com uma amostra de 12.133 homens europeus (Alemanha e Itália) e americanos entre 18 e 70 anos de idade.
A prevalência total de ejaculação precoce atingiu 22,7%; em cada um dos três estados essa prevalência foi similar (EUA 24%; Alemanha 20,3%; Itália 20,0%). Quando divididos por tipo, 49,6% dos homens foram afetados por ejaculação precoce primária, 34,6% por ejaculação precoce secundária e 15,8% por uma forma ocasional de ejaculação precoce.(2)
Contudo, reconhece-se que esta disfunção é frequentemente subestimada e subdiagnosticada.(3)
A ejaculação precoce (EP) é uma ejaculação que ocorre durante uma relação sexual antes do tempo desejado, dentro de 1-3 minutos após a penetração vaginal.(4)
Este distúrbio pode ocorrer desde a primeira relação sexual (ejaculação precoce primária ou ao longo da vida) ou pode desenvolver-se mais tarde na vida (ejaculação precoce secundária ou adquirida).(4)
A Sociedade Internacional de Medicina Sexual (ISSM) concordou com uma definição mais precisa e baseada em evidências de EP, sendo: (4)
Componentes estruturais do sistema reprodutor masculino: testículos (nos quais são produzidos espermatozóides e hormonas masculinas), ductos espermáticos (originam-se no testículo, atravessam o epidídimo, passam pelo ducto ejaculatório e terminam na uretra), glândulas ligadas ao ductos de esperma (vesículas seminais, próstata, glândulas bulbouretrais de Cowper). A próstata (uma glândula com corpo em forma de castanha, com sua base voltada para a bexiga) desempenha um papel central no mecanismo da ejaculação: é atravessada pela uretra prostática, na qual, durante a ejaculação, sua secreção é vertida, de 15-30 ductos excretores, e é atravessado por ductos ejaculatórios também.(6)
A resposta sexual tem várias fases distintas: desejo, excitação, plateau (fase alta e estável de excitação), fase de orgasmo e resolução ou período refratário. As fases representam momentos de resposta sexual numa progressão linear, caracterizada por alterações psíquicas e perceptivas, estritamente acompanhadas de mudanças físicas.(6)
A resposta sexual normal, nos homens, é uma sequência que começa com a estimulação sexual que termina com a ejaculação. Todas as fases dessa sequência ocorrem muito mais rapidamente em homens que sofrem de ejaculação precoce. Além disso, a distinção entre ejaculação precoce primária (ocorrida desde a primeira relação sexual) e secundária (ocorreu somente após um período de função normal) outras classificações são baseadas em:(5)
Fale com o seu médico ou outro profissional de saúde habilitado para indicar uma solução.
Referências:
1. Eiaculazione precoce. Raccomandazioni della Società Italiana di Urologia (SIU) per la gestione del paziente nella pratica clinica.
2. Porst H, Montorsi F, Rosen RC, Gaynor L, Grupe S, Alexander J. The premature ejaculation prevalence and attitudes (PEPA) survey: Prevalence, comorbidities and professional help-seeking. Eur Urol 2007;51:816–24.
3. Jannini EA, Nollaioli D, Ciocca G, Limoncin E. Ansia e depressione sono cause o conseguenze dell’eiaculazione precoce? Mediserve Ed., 2015
4. Serefoglu EC, McMahon CG, Waldinger MD, et al. An evidence-based unified definition of lifelong and acquired premature ejaculation: report of the second international society for sexual medicine ad hoc committee for the definition of premature ejaculation. Sex Med 2014;2(2):41-59.
5. Criteri di appropriatezza strutturale, tecnologica e clinica nella prevenzione, diagnosi e cura delle patologie andrologiche. Quaderni del Ministero della Salute. 2012;13.
6. Graziottin A, Jannini EA. Eiaculazione precoce (EP): definizione, diagnosi e terapia. Momento medico ed., 2014.
7. Kirby EW, Carson CC, Coward RM. Tramadol for the management of premature ejaculation: a timely systematic review. Int J Impot Res 2015;27(4):121-7.